Estresse, raiva ou tristeza? frustrações, falta de perspectiva, relações íntimas marcadas por ansiedade ou angústia
Conceitos básicos da Psicanálise
O inconsciente, na psicanálise, é como uma parte da nossa mente que funciona nos bastidores, sem que a gente perceba. É lá que ficam guardados desejos, medos, lembranças e pensamentos que, por algum motivo, não conseguimos ou não queremos trazer para a consciência. Mesmo que a gente não esteja ciente dessas coisas, elas influenciam muito o que sentimos e fazemos no dia a dia. É como se o inconsciente fosse um grande baú de experiências e emoções que, de vez em quando, dá um jeito de aparecer nos nossos sonhos, nos nossos deslizes de fala e até nas nossas escolhas.
O Complexo de Édipo, na psicanálise, é uma fase do desenvolvimento infantil em que a criança, geralmente por volta dos 3 a 5 anos, começa a sentir uma forte ligação emocional e até uma espécie de "paixonite" pelo genitor do sexo oposto, enquanto vê o genitor do mesmo sexo como um tipo de rival. Esse processo é natural e faz parte do crescimento. Com o tempo, a criança supera essa fase, identificando-se mais com o genitor do mesmo sexo e aprendendo a lidar com esses sentimentos. Freud usou a história de Édipo, um personagem da mitologia grega que, sem saber, mata o pai e se casa com a mãe, como metáfora para explicar esse fenômeno psicológico.
O Complexo de Narcisismo, na psicanálise, é a ideia de que todos nós temos uma tendência natural a nos amar e nos admirar, como se fôssemos o centro do nosso próprio mundo. Esse amor-próprio é saudável até certo ponto, mas, em alguns casos, pode se tornar exagerado, fazendo com que a pessoa fique muito focada em si mesma e em suas necessidades, sem se importar tanto com os outros. Freud usou o mito de Narciso, um jovem que se apaixonou pela própria imagem refletida na água, para explicar como essa obsessão com o próprio ego pode influenciar nossos comportamentos e relacionamentos.
Na psicanálise, a transferência é como um "truque" da nossa mente onde acabamos projetando sentimentos e emoções que temos em relação a pessoas importantes do nosso passado (como pais ou parceiros) em outras pessoas, muitas vezes no terapeuta. Isso significa que, durante a terapia, podemos começar a sentir raiva, amor, admiração ou até frustração pelo terapeuta, mas esses sentimentos, na verdade, vêm de experiências e relações anteriores. A transferência é um fenômeno importante porque, ao entender e trabalhar com esses sentimentos, podemos resolver questões emocionais antigas e melhorar nossa vida atual.
A contratransferência é o que acontece quando o terapeuta, durante a terapia, começa a ter reações emocionais e sentimentos em resposta ao paciente, que podem estar ligados às próprias experiências e emoções do terapeuta. É como se, além de ajudar o paciente, o terapeuta também fosse impactado pelas histórias e comportamentos que o paciente traz. Esses sentimentos podem ser tanto positivos quanto negativos, e entender e lidar com a contratransferência é essencial para que o terapeuta consiga manter a objetividade e oferecer o melhor apoio possível.
A livre associação de ideias é uma técnica psicanalítica em que você simplesmente fala tudo o que vem à cabeça, sem tentar organizar ou filtrar os pensamentos. A ideia é deixar a mente viajar livremente, sem julgar ou censurar o que surge. Ao fazer isso, coisas que estão no inconsciente, como desejos, memórias ou sentimentos escondidos, podem acabar aparecendo. É como seguir o fluxo dos pensamentos para descobrir o que está por trás deles, revelando aspectos da nossa mente que normalmente ficam ocultos.
O conceito de determinismo psíquico na psicanálise é a ideia de que nada na nossa mente acontece por acaso. Isso significa que nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos são sempre influenciados por alguma coisa, seja por experiências passadas, desejos inconscientes ou conflitos internos. Mesmo que pareça que algo surge "do nada", na verdade, há sempre uma razão, ainda que essa razão esteja fora da nossa percepção consciente. Em resumo, o que pensamos e fazemos tem sempre uma explicação, mesmo que não seja óbvia para a gente.
O "setting", ou, em português, o consultório do analista, é o espaço de acolhimento onde o psicanalista atende aos seus clientes;
Localizado no centro da capital paulista, no bairro da Bela Vista, o consultório do psicanalista Alexandre Cruz oferece um ambiente discreto e acolhedor.